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dona-redonda

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desafio de escrita dos pássaros #2.7 O meu Elogio Fúnebre


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Elogio Fúnebre

 

 

Maria X morreu com a bonita idade de duzentos e noventa e três anos (quando já todos começavam a pensar que não havia maneira de o fazer) e não parecia fisicamente mais de quarenta (ou trinta e cinco, como perentoriamente afirmava).

 Já de cabeça (estava cada vez mais chata) gostava de recordar os “bons velhos tempos” em que todos tinham telemóvel e andavam de carro (e havia muita poluição) em vez de bicicleta.

A sua vida e existência foi importante, como para a aprovação recente da Eutanásia.

E teve uma boa morte, depois de ter viajado duas vezes à volta do mundo, tendo estado em quase tantos países como aqueles que existem – não podendo ir obviamente aos que já não existem, e também não querendo ir àqueles mais instáveis ou perigosos para os viajantes – plantou várias árvores, teve várias aventuras, descobriu o segredo da felicidade, da vida após a morte, e de todas as doenças, escreveu alguns livros, e depois dos duzentos e trinta, teve três filhos que a visitavam com frequência, e a acarinhavam (mas também só conviveram com ela menos anos e os últimos não muito perto.

Que repouse em paz.

 

Desafio dos pássaros 2.6 “oh não, um vírus outra vez!”


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 “oh não, um vírus outra vez!”

 

 Já não me lembro muito bem de como foi o anterior, mas tenho quase a certeza absoluta que não foi tão alarmante como este está a ser.

Sinto a pairar sobre nós uma nuvem cinzenta cada vez maior e mais escura.

Primeiro estava na China e pareceu quase um filme, até pela rapidez anunciada e concretizada na construção de um Hospital.

Depois foi-se aproximando, Itália, Espanha, e chegou cá.

Invadiu os telejornais, os jornais, as revistas e as conversas. Discute-se sobre a linha de apoio, planos de contingência, hospitais esgotados, quarentenas voluntárias, enquanto crescem os casos confirmados – para já serão nove, e os casos suspeitos não validados.

Cancelam-se voos e viagens eventos são adiados.

Fala-se sobre a prevenção – ouvi dizer que beber muita água e chá de erva doce ajuda, mas ainda não fui comprar o chá. É importante lavar as mãos, desinfectar tudo com lixivia. Evitar espaços fechados com muitas pessoas, cumprimentos e proximidade, e tossir para os cotovelos. Ligar para a linha de apoio se tivermos febre alta, tosse e/ou dificuldade respiratória.

Sinto-me já ligeira e hipocondriacamente resfriada.

Com a minha sorte se apanho isto, será já quando não há quartos livres, ainda terei de ir para uma tenda improvisada, sem livros, e poderei passar a seguir para outro plano mais quente. O que não queria era contagiar ninguém.

Por isso espero que descubram depressa um remédio e uma vacina.

 

Desafio de Escrita dos Pássaros # 2.5


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Acordas e tudo o que mais desejavas realizou-se: conta-nos o teu dia.

 

 

Acordei e ouvi vozes, a minha avó a conversar com a minha mãe. Levantei-me e fui ter com elas.

Para que o Mundo possa permanecer quase tal como é, não me disseram como é o depois, apenas que existe um, mas não foi preciso dizerem-me para que ficasse então a saber, que não perdemos ninguém, permanecemos ainda que tenuemente ligados, e como haverá um reencontro, existe um sentido.

No resto do dia poderia fazer o que faço sempre, poderiam ter continuado comigo, ou poderia ter sido apenas uma visita breve, sem explicação, mas real.

A minha avó morreu quando eu tinha onze anos e depois dela houve outras perdas, mas aqui estou sobretudo a escrever sobre a primeira.

Quando acontece, o mundo vai ficando mais feio e vazio, e perco também os pedaços de mim de como era com eles, como deixei de ser neta quando deixei de ter avós.

O que mais desejava é esse reencontro ou enquanto estou viva, saber que é possível, que vai suceder, ter esperança ou fé.

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Desafio de Escrita dos Pássaros, 2.4 O Google está errado


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O Google está errado

 

Como o Google está errado???

 

O horror toma posse de mim.

Em choque e incrédula continuo a escrever.

 

Errado, o Mago super sapiente a quem recorro sempre em primeira e última instância?!!!

Quando quero saber mais sobre algum facto histórico, cinema, músicas, pinturas, livros, ter a certeza sobre como se escreve uma palavra – antes e após acordo ortográfico – traduzir de outra língua uma palavra ou um texto, dicas sobre receitas de cozinha, lavagem de roupa, doenças e medicamentos, perder tempo com notícias que não interessem a ninguém, encontrar o endereço para blogues, etc. etc. errado?!!!

Mas, Ele sabe sempre tudo!

 

Pequena pausa porque me ocorreu grande ideia, vou perguntar ao Google o que é Ele acha disto e já volto (…).

 

De volta e já mais tranquila: pode ter havido erros, mas o Google corrigiu-os e corrige-os.

Estamos salvos. Posso respirar de alivio de novo.

O Google pode errar de vez em quando, sublinhe-se, muito de vez em quando, de certeza, mas Ele corrige! Merece que continue a confiarmos Nele, a deixar-nos guiar por Ele!

 

Desafio de Escrita dos Pássaros # 2.3 Manual para iniciar relacionamentos


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Manual para iniciar relacionamentos

Para começar deite fora todos os manuais, inclusive este… mas só depois de o ter lido

REGRA PRIMEIRA, MAIS IMPORTANTE E ÚLTIMA

Não há regras, não há manuais.

Podem-se iniciar relacionamentos de mil e uma maneiras…

mas a ser assim…. então talvez se possa conservar algum manual ou manuais que se tenha, porque por sorte podem coincidir no que dizem com uma das mil e uma maneiras de se iniciar um relacionamento

(bem mais importante do que o iniciar, pode ser o como terminar ou como manter um relacionamento).

Em princípio, para iniciar um relacionamento poderá ser boa ideia não ficar em casa, excepto se a nossa casa for frequentada por alguém com quem queiramos iniciar um relacionamento, (mas o que estaria lá a fazer sem que tivéssemos já um qualquer relacionamento?)

Ocorreu-me agora que também se podem iniciar relacionamentos através da Internet. Como tendo blogues, participando em desafios de escrita, etc., e aí em princípio poder-se-á estar em casa.

Portanto ir lá para fora (esquecendo o que consta dos anteriores parágrafos) e estar disponível, arriscar, querer de verdade conhecer alguém que também esteja interessado em conhecer-nos (excepto se for um psicopata assassino)

Poderá ser o início de uma bela amizade.

Outras ideias, como ouvi hoje ou melhor ontem, arranjar um cão e ir passeá-lo, ir assistir a um jogo de futebol e dizer mal da equipe dos adversários, excepto se só tivermos conseguido um lugar no meio deles, e sair com amigos que trazem outros amigos.

Por fim, irei revelar aqui e pela primeira vez, a regra de ouro que nunca falha para se iniciar relacionamentos que é:

 (já não vai ser possível porque excederia o limite de palavras, só por isso)

Como consigo com grande sucesso assustar-me a mim mesma


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Algo que ninguém deverá pensar em experimentar fazer porque o susto é mesmo ENORME

 

Comecemos por ir ao El Corte Inglês antes do Natal.

Tudo normal, mas na saída informam-nos que não vai ser necessário pagar ou validar o talão, estão a oferecer o Parque (ou aquilo está tão cheio que é uma manobra para sairmos de uma vez e deixarmos que vão descansar).

Qualquer pessoa consciente deitaria o talão do parque fora, certo?

Claro que eu me esqueci de o fazer.

Em nova ida ao El Corte Inglês já em Janeiro, fui guardar no mesmo lugar na carteira o novo talão e na altura de pagar, troquei os talões sem me aperceber e eis que me aparece para pagar de parque:

285,00 €

quase que caí para o lado ali mesmo

(e fiquei ao mesmo tempo sem raciocinar minimamente porque ainda não tinha metido lá na ranhura o meu cartão El Corte Inglês mas na minha cabeça comecei logo a pensar que me iam debitar o dinheiro no cartão, em choque completo...entretanto, ainda não deitei fora o cartão de Dezembro, quanto é que será que iriam cobrar em Fevereiro?)

Desafio de escrita dos pássaros #2.2 É que isso de médicos, nunca fiando


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É que isso de médicos, nunca fiando

 

Em casa de ferreiro espeto de pau.

 O que fará um médico quando fica doente?

Vai ver a bruxa, marca uma consulta com o Prof. Mambdu ou assalta outro médico, onde calha de o encontrar, num restaurante, no meio de um jantar romântico (agora pelo dia 14/2) no elevador ou no parque de estacionamento escuro e vazio: “Colega tem um minuto? É que estou aqui com uma dorzita…”

Desconfio que serão como cada um de nós, de todas as cores e feitios, a evitar exames e consultas há não sei quanto tempo, mas já foram anos? Ou hipocondriacamente a correrem para novas consultas: este sinal aumentou 0,000002 mm, não será de fazer alguma coisa?

Talvez também cometam o erro de ir à net quando suspeitam de algo de outra especialidade,  e saiam de lá com a convicção profunda que, ao invés de uma maleita tropical apanhada sem dúvida nas férias do ano passado. ou no anterior, quando até foram a outro Continente (não o do Hipermercado), têm é cinco ou seis doenças inoperáveis e mortais.

E como serão os seus congressos? O que é que oferecem por lá? Férias e medicamentos? Ou um cafezinho em copo de plástico e por 0,70 €?

Será que há médicos a lerem isto?

Se por acaso assim for, tenho o maior respeito pela vossa classe, até poderia ter tentado ser médica (se a ideia de memorizar nomes de doenças, químicos, e procedimentos não me assustasse e ver sangue ainda mais – até quando doava não olhava) e estou anónima - e se algum souber quem escreve neste blogue, não sou eu, algum personagem estranho abeirou-se do computador enquanto eu dormia ao lado, sem me querer ir deitar antes de escrever o texto para o Desafio - escreveu isto e enviou, - que chatice! mas o importante é lembrar: não sou eu (mas conta para o desafio).

desafio de escrita dos pássaros #2.1 Acho que a coisa não vai correr bem


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Adoro conduzir

Excepto...

Se estiver a chover muito, com má visibilidade e lençóis de água;

Se estiver tanto vento que faz com que carro estremeça;

Se estiver tanto nevoeiro que ao mesmo tempo receio bater no da frente e levar com o que vem atrás;

Se não conheço o caminho;

Se apanho com o sol de frente;

Se é de noite, e está tudo escuro;

Se levo passageiros (gosto de dar boleias mas fico muito preocupada com a sua segurança e em não fazer nenhuma asneira à frente dele(s) como subir um passeio ao estacionar);

Se no Inverno o aquecimento de carro está avariado;

Se a rádio é que avariou e não tenho música;

Se está muito trânsito e passo o tempo em pára e arranque;

Se estou engripada ou constipada ou com dor de cabeça;

Se estou atrasada;

Se tenho de andar às voltas à procura de sítio para estacionar;

Se as ruas estão cheias de pessoas, muitas delas distraídas a atravessarem sem olhar;

Fora estas pequenas situações (para já o que me lembro) adoro conduzir!

 

MAS

 

Devo admitir que nem sempre foi assim e cheguei a pensar que nunca iria ter a carta de condução.

As aulas de código e o exame escrito correram bem, os dois exames, porque entretanto com dois chumbos na condução, prescreveu o primeiro e tive de o repetir.

Mas quando ia começar as aulas de condução e deparei com o meu Instrutor pensei para mim "acho que a coisa não vai correr bem".

Calhou-me um professor com certa idade, extremamente calado e que poderia já estar cheio de dar aulas, sobretudo a uma aluna sem jeito nenhum, como eu.

Fixei a expressão que mais utilizou comigo: "Mexa-me esses braços" - como nos estacionamentos, e eu até queria mexê-los só não sabia muito bem para onde virar o volante.

A única vez em que foi mais simpático, foi quando um condutor que incrivelmente seria mais azelha do que eu, veio contra nós e nos bateu. Nessa altura fui promovida da aluna incompetente a possível testemunha. Foi um momento lindo.

Entretanto, a coisa não correu mesmo bem porque chumbei no exame, mas consegui um professor mais simpático e... chumbei de novo. E à terceira, com um instrutor intermédio na simpatia, passei! (já não deveriam querer ver-me lá de novo e passaram-me).

 

Desafio de Escrita dos Pássaros, 17º Tema - Luz e sombra


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Luz e sombra

Para haver sombra tem de haver luz, senão cairíamos na escuridão, tão completa que nada conseguiríamos ver.

O tema fez-me pensar na pintura, em como através do sombreado se consegue o volume, a dimensão.

Desde criança que achava que conseguia desenhar alguma coisa (completamente iludida, claro). Ainda no liceu descobri uma casa na Rua Sampaio Bruno onde vendiam telas e tintas. Fui lá com a minha mãe pelo menos uma vez, outras vezes sozinha. Para se entrar, tínhamos de passar primeiro por um corredor barbearia, com duas ou três cadeiras onde o Barbeiro atendia senhores e não sei se não parava por lá também um engraxador, com a caixa de madeira com o assento para o cliente e lugar para guardar a graxa e escova.

Subíamos por degraus de madeira inclinados e lá em cima, numa sala pequena cheia de luz, estavam as telas e tintas, todas bastante caras, mesmo com o desconto de estudante.

Fui para as mais baratas e fiz alguns retratos em pastel. Depois tentei o óleo mas comprei uma única tela e pequenina. Tentei pintar um céu, mas não correu lá muito bem. Planeei pintar por cima alguma outra coisa, até hoje.

Bem mais tarde, inscrevi-me num atelier de pintura indicado por um amigo. Primeiro ficava em Leça, perto de uma Casa Museu que fui visitar. Depois mudaram-se para uma casa antiga no Marquês – também com degraus de madeira inclinados e uma sala com muita luz e cheiro a tinta.

Adorei as aulas sobretudo pelos professores e pelos colegas  - chegámos a ter um jantar com disfarces no dia das Bruxas e uma exposição pelo Natal.

Tentei pintar uma dona-redonda e não correu lá muito bem, e depois, a partir de uma fotografia, um auto-retrato, com um resultado final ligeiramente melhor (pudera, tinha a fotografia aumentada).

Talvez um destes dias volte a tentar pintar e me lembre da luz, da sombra e deste desafio.

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Tema # 16 Sobre a vida adulta: Ainda não entendi o que é para fazer


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Tema # 16

Sobre a vida adulta: Ainda não entendi o que é para fazer

Antes pensava como seria, agora há muito que já sei como foi, primeiro amor, conduzir, trabalhar, perdas.

Encontrei adultos com vinte anos e crianças com quarenta.

A vida acontece e o tema aplica-se bem a mim porque ainda não entendi o que é para fazer.

Os adultos que encontrei eram pessoas fortes e boas. Sobre a vida adulta é isso que devo tentar fazer e ser.

Bom Ano Novo!


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E que 2020 nos traga saúde, a companhia dos que nos são queridos, bons livros, filmes e séries, trabalhos interessantes, passeios e aventuras, comida e calor (e ar fresco no Verão) ou o que quer que seja que alguém que passe por aqui, deseje (e seja positivo)!


Resultado de imagem para copos e champanhe

Balanço dos livros de 2019


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Objectivos: ler pelo menos 100 livros (para justificar andar sempre a arranjar novos livros para ler), não largar os livros no início e ler livros melhores.

Consegui o 1º objectivo, o 2º só em parte e o 3º está-me a parecer que nem estive perto, mas assim é mais fácil eleger os melhores do ano: 

- Balada do Café Triste de Carson McCullers

- Cai a noite em Caracas de Karina Sainz Borgo

 

Para 2020: manter os mesmos objectivos e tentar não arranjar novos livros enquanto não diminuir um pouco mais a lista dos que já tenho para ler e reler alguns livros que no passado gostei mas que esqueci em parte.

 

Livros que li:

1)     The Merry Mistake de Vi Keeland e Penelope Ward

2)     Uma Obsessão Indecente de Colleen Mccullough

3)     Uma Verdadeira Inglesa de Eloisa James

4)     Uma Proposta Arriscada - The Wildes of Lindow Castle - Livro 3, de Eloisa James

5)     Shadowspell Academy K.F. Breen Shannon Mayer, Book 1

6)     O Castigo de Lady Evelyn de Silvia Spadoni

7)     O Que Sabe o Vento de Amy Harmon

8)     A Yuletide Kiss: A Warrior Maids of Rivenloch short story de Glynnis Campbell

9)     Epoch de Jewel E. Ann

10)  Transcend (Transcend Duet, #1 de Jewel E. Ann

11) O Comboio da Noite de Martin Amis

12) Beleza Perdida/Making Faces de Amy Harmon (r)

13) A Rapariga Sem Nome de Leslie Wolfe

14) Annabelle de Lina Bengtsdotter

15) Demon from the Dark/Demónio das Trevas de Kresley Cole (r)

16) A Paciente Silenciosa de Alex Michaelides

17) The Merman's Kiss de Tamsin Ley

18) Dearest Ivie de J.R. Ward

19) Falling for the Wingman Brincando de Amar (Livro 3 da série Os Irmãos Kelly) de Crista McHugh

20) The Jilted Earl/ O Conde Abandonado de Kelly Anne Bruce

21) O Herói Reluctante (The Reluctant Hero) de Lorraine Heath

22) As irmãs e o mar de Lucy Clarke

23) Her dad´friend de Penny Wylder (o)

24) The Bear's capture de Jenika Snow (o)

25) The Sum of all kisses de Julia Quinn (r)

26) A Noiva do Conde Louco de Loretta Chase

27) "Num molho de brócolos! ou A vida não pode ser só isto", escrito e ilustrado por Maurice Sendak

28) Cai a noite em Caracas de Karina Sainz Borgo

29) O Príncipe dos Canalhas ou Abandonada em seus braços de Loretta Chase (r)

30) Presente de Natal de Mary Balogh

31) The Risk de Elle Kennedy

32) Him de Sarina Bowen e Elle Kennedy

33)  Breaking Love de B.B. Reid

34)  Mil Estrelas e Tu de Isabelle Broom

35)  Sedução na noite de Sherrilyn Kenyon (r)

36)  Dança com o diabo de Sherrilyn Kenyon (r)

37)  À solta na noite de Sherrilyn Kenyon (r)

38) Telemóveis são uma loucura! de Helen Exley-Giftbook

39) I (Pretend) do de Eva Luxe

40) Na Sombra do Dragão de J. R. Ward (r)

41) Venha ver o pôr-do-sol de Lygia Fagundes Telles

42) Angelical de Nick Tartini

43) A Lotaria de Shirley Jackson

44) A Escolhida, Irmandade da Adaga Negra - Volume XV de J. R. Ward

45) A Besta, Irmandade da Adaga Negra - Volume XIV de J. R. Ward

46) Estação Central de José Tolentino Mendonça

47) Mulher de Fogo de Jude Deveraux (r)

48) Tamed de Emily Cale

49) Forever Black de Sandi Lynn

50) A Tentação do Casamento de Mary Balogh

51) Os Sombras de J. R. Ward (XIII)

52) O Rei de J. R. Ward XII

53) História do Rei Gonzalve e das Suas Doze Princesas e As memórias de Joséphine, de Pierre Louys

54) Poema do Manto de António Barahona e Ka'b ibn Zuhayr

55) Na Sombra da Paixão de J. R. Ward XI

56) Com os Olhos do Coração de Amie Knight

57) O Príncipe Corvo de Elizabeth Hoyt (r)

58) A Delicadeza de David Foenkinos (r)

59)  Longe da vista, perto do coração de Jean-Laurent Caillaud

60) Cartas da Alemanha de Hermann Braun

61) Na Sombra da Vida, Irmandade da Adaga Negra, Volume X de J. R. Ward

62) Amor Imenso de Penelope Ward

63) Bom demais para ser verdade de Kristan Higgins

64) Na Sombra do Perigo de J. R. Ward (Manello e Payne) IX R.

65) Na Sombra do Destino de J.R. Ward (8)

66) Na Sombra da Vingança de J.R. Ward (7)

67) Nanocontos de Francisco Gomes

68) Na Sombra do Amor de J. R. Ward (6)

69) Na Sombra do Sonho de J. R. Ward 5 (r)

70) Na Sombra da Noite de J. R. Ward, 1 (r)

71) Na Sombra do Desejo de J. R. Ward

72) Na Sombra do Pecado de J. R. Ward

73) Tempo fora do Tempo de Sherrilyn Kenyon

74) Histórias com Juízo de Mario Castrim

75) Na Sombra do Dragão de J.R. Ward

76) Cinder & Ella de Kelly Oram

77) Erika de Margotte Channing

78) O Casamento Inventado - Série Rokesby - Volume II, de Julia Quinn

79) A Ladra de J.R. Ward, Irmandade da Adaga Negra - Volume XVI

80) The Midwife de Ceci Giltenan

81) True de Laurann Dohner

82) Desconhecidos de Anita Brookner

83) Obsidian de Laurann Dohner

84) Mel E Propólis de Alexandra Inês

85) Lençol de Sonhos de João Paulo Silva

86) Pedro & Inês/Palavras Vivas / 15 Poetas Contemporâneos

87) Deste lado da morte ninguém responde de Pedro Sena-Lino

88) Mais Poste, menos Poste de Margarida Fonseca Santos

89) The Suitor de Mary Balogh (Philippa e Julian)

90) The Arrangement de Mary Balogh

91) A Menina que tinha medo do escuro de Janico

92) O Fanecas de Henrique Pinto

93) Almas ao Entardecer de Edith Wharton

94) O Dia em que o Mar Desapareceu de José Carlos Barros

95) An A to Z Creepy Hollow de Rachel Morgan

96) O Conto do Vigário de Fernando Pessoa e O sem-amor ou o major sem a serotonina de António Bento

97) Balada do Café Triste de Carson McCullers

98) Miniaturas de Paulo Kellerman

99) Raízes de Simões Netto

100)  Bejaia de Miguel Ribeiro de Almeida

101)  Acabou-se de Luísa Marques da Silva

102)  Sally de Jorge Candeias

103)  O Homem da Minha Vida de Risoleta C. Pinto Pedro

104)  A Fonte de Mafamede de Fernando Évora

105)  A Lua-de-mel de Sophie Kinsella

Os Ajudantes do Pai Natal


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Pelo desafio no blogue pessoas e coisas da vida

aqui: https://imsilva.blogs.sapo.pt/desafio-vos-38408?view=622344#t622344

 

Noite de Natal

 

A camionete chegou à hora marcada pela primeira vez naquele ano. Cansados no final de dia de trabalho e animados com a proximidade do Natal, ninguém estranhou. Não repararam que a camionete era mais verde por fora, mais limpa por dentro e o condutor, um gorducho barbudo desconhecido.

Lá dentro, pouco a pouco, foram todos adormecendo. Já não viram que não seguia o caminho habitual. Trocou as ruas iluminadas do centro da cidade por caminhos sombrios, desvendados apenas pela parca luz dos faróis.

O seu sono durou o tempo da viagem, escondeu a grande distância percorrida, e quando pararam, despertaram num mundo diferente.

O estranho barbudo riu-se: “Ho, Ho, Ho, vamos ao trabalho!”

Lá fora, outras camionetas chegavam e despejavam os passageiros no centro da fábrica. Ali as cores eram mais intensas e vibrantes, e cheirava a bolos saídos do forno

Era preciso acabar os brinquedos, empacotá-los e ordená-los, seguindo os desejos das cartas escritas ou meramente sonhadas.

Eram vários os condutores gorduchos e as suas barbas branqueavam quando envergavam fatos vermelhos e se dirigiam para os trenós, já com as renas atreladas.

Tudo pronto antes da meia-noite, regressaram às camionetes, mais cansados e animados.

De novo adormeceram, esqueceram o sucedido e o tempo recuou enquanto voltavam para a cidade. Foram saindo nas suas paragens com a vaga sensação de não recordarem algo importante.

José chegou a casa e lembrou-se mais uma vez que se esquecera de comprar a boneca que a filha queria. Fá-lo-ia noutro dia, talvez ela nem se lembrasse pensou, quando ela veio a correr ter consigo. Sentou-a no seu colo, meia de lado para poder beijar a mulher. Assim como estava sentada, descobriu a filha um embrulho diferente no bolso do casaco do pai. Ele ouviu-a rir, e sem perceber como era possível, viu-a então com a boneca nova que cheirava a bolos acabados de cozer.

 

Desafio de Escrita dos Pássaros, 15º Tema - Eu, Rudolfo


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O dia anunciava-se cinzento e pesado, em vez de branco e leve.

Mais de mil candidaturas que reduzi a três. Todos os outros me tinham parecido pouco sérios ou desesperados, não acreditaram na oferta e resolveram brincar, ou estavam dispostos a aceitar tudo. Os três que restavam eram humanos. Apesar de ser uma rena e não querer discriminar os meus pares, não conseguia ver os meus colegas ou qualquer outro na função do Pai Natal.

Disse para mim mesmo, Rudolfo, enquanto recrutador de recursos humanos, tens pela frente, uma tarefa quase impossível, encontrar um substituto para o insubstituível Pai Natal. Mas porque decidiu reformar-se? E tão em cima do Natal…

Escolhi homens gordinhos, para o idoso, com cabelos já brancos ou quase e para o comprido e barbas nas mesmas condições.

Pelas fotografias que enviaram não dava para ver se seriam afáveis e despachados, e como seria a sua voz, se seriam capazes de pronunciar o “Oh, Oh, Oh” como devia ser pronunciado.

Entrei na sala onde me esperavam. Não pareceram surpreendidos por me verem, nota positiva para eles, até perceber que não viam era muito bem.

O primeiro tinha enviado uma fotografia antiga, já não tinha barba, cabelo ou barriga. Rejuvenescera, explicou ter feito também uma cirurgia para os problemas de calvície e novo cabelo estar para crescer.  Sem nada lhe ter perguntado anunciou pretender reinterpretar o Pai Natal aparecendo como alguém comum, máscara de meia na cara, e sem brinquedos. Despachei-o logo. Desconfio que ele pretenderia era assaltar as casas.

Pedi ao segundo para entrar. Parecia estar tudo bem com ele. Estava disponível na Noite de Natal porque se divorciara, os filhos estavam crescidos, já não acreditavam, tinham emigrado para a França e Alemanha, com grandes empregos e carros, só regressavam no Verão. Pedi-lhe para repetir o Oh Oh Oh, e fê-lo de forma tão desanimada que tive de o rejeitar.

Entrou o último. Apercebi-me que era um urso disfarçado. Respondeu estar disponível, conseguiu um Oh Oh Oh mais animado embora ligeiramente assustador.

 Fiquei com o seu contacto para apresentar a sua candidatura ao Director Geral, Pai Natal, enquanto não se reforma, ele que decida…

 

Desafio de Escrita dos Pássaros, 14º Tema - Não nasci para isto


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(a fotografia não tem nada a ver com  o tema mas pareceu-me que ficava aqui bem)

Não nasci para isto Isto de inscrever-me em desafios de escrita e postergar.

Li o email com o novo tema quando chegou. A recuperar de pouco antes ter escrito e enviado o anterior, pensei para mim mesma, tenho muito tempo.

Passou o fim-de-semana, passaram, segunda, terça, quarta, quinta e como é possível, já está a começar sexta. Para onde é que foi todo aquele tempo que tinha?

E não me ocorre nada ou o muito pouco que me ocorreu, escorreu do papel/ecrã do computador, quando por um micro-segundo adormeci.

Vai que dá tempo e escrevo amanhã. Posso acordar mais cedo (adivinho que tal não vai suceder, são quase 2 e ainda não me fui deitar). Posso não almoçar (também não me parece que não o vá fazer, para não andar depois a arrastar-me, e ainda que num atropelo, pelo menos um pão com queijo e um café).

Por isso, tenho de escrever alguma coisa agora:

 

- ALGUMA COISA

 

Pronto, perfeito. Com a grande vantagem de ser ainda muito esclarecedor, ao escrever um texto assim, não restará nenhuma dúvida, que não nasci para isto.

Desafio de Escrita dos Pássaros, 13º Tema: Final Feliz ou Qual é o filme?


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Desafio 13 -  Final feliz ou Qual é o filme

 

 

Ela voltou atrás e salvou-o, na confusão são separados mas reencontram-se na água gelada, ele em cima de porta-prancha na qual flutuava, quer ceder-lhe o lugar, mas ela diz-lhe: "cabemos os dois".

E então, lado a lado, ou ele por cima e ela por baixo, ou ela por baixo e ele por cima, assim até mais quentes, aguentam-se os dois em cima da prancha, durante a noite, até chegar ajuda!

 

(depois casaram, tiveram sete filhos, zangaram-se e reconciliaram-se, foram muito felizes e nenhum dos dois voltou a fazer uma viagem de barco....)

(o filme ligeiramente diferente, teve grande impacto na mesma, com o my heart will gone a servir para outros que se separaram, mas não porque não se salvaram, apenas porque sim, e a cena no barco em que ele é o rei do mundo continuou a ser copiada mil uma vezes).